Lideres políticos têm falado sobre
“a independência dos três poderes”, que consta do art. II da Constituição e têm
reclamado inclusive, da interferência do Supremo no legislativo. Porém o que
podemos constatar, é que contrariando a Constituição o judiciário brasileiro
não é independente, pois sofre forte influência dos políticos que escolhem,
sabatinam e nomeiam os ministros do Supremo e outros importantes cargos do
judiciário. Assim sendo, podemos por em dúvida a isenção desses ministros, no
caso de julgamento de políticos, assim como no trato com o legislativo, o qual
deveriam ter o poder de fiscalizar. Essa falta de independência do judiciário,
talvez explique o fato do processo contra o Renan Calheiros, estar tramitando no
Supremo há nove anos sem o julgamento final, assim como outros tantos que
envolvem políticos e, de se ter permitido a Dilma manter seus direitos
políticos e ainda, de políticos presidindo Tribunais de Contas. Ficamos na
expectativa de como o supremo irá proceder, quando terá de julgar dezenas de
políticos, que poderão ser indiciados nas investigações da “lava a jato”, e
quantos anos durarão esses processos. O povo brasileiro precisa saber que a
“lava a jato”, que tem sua atuação programada até setembro de 2017, será
estendida por mais alguns anos, pois dentro de dois anos, parlamentares
processados que não forem reeleitos, perderão seus mandatos e foro
privilegiado.
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